UMA MÃE, NUA E CRUA
“Quando um bebê nasce, nasce uma mãe.”
Huuuum. Mas como exatamente isto se dá?
No meio de tantas opiniões “mais experientes”, como nos encontrar no
meio delas?
Nos encontramos verdadeiramente quando paramos de ouvir a voz que vem
de fora para ouvir a voz que vem de dentro.
Simples né?
Nem tanto.
Uma das coisas mais difíceis da maternidade é nos encontrar
verdadeiramente nela. Encaixar todas as nossas peças em harmonia e coerência
com tudo o que essencialmente somos.
Mas e se eu for à favor do parto
normal, amamentação em livre demanda, cama compartilhada, será que este pequeno
ser tão apegado vai me devorar um dia?
E se eu optar pela cesárea, dar
mamadeira, usar as técnicas do Nana Nenê, contratar uma babá e voltar ao
trabalho? Serei menos mãe?
E se escolhermos uma salada
mista, aparentemente incoerente e contraditória? parir, dar o peito e a mamadeira, comer a
placenta, vacinar dar homeopatia...
E se a opção que fizermos for
errada? E se formos julgadas pelo grupo
de amigas? E se o meu filho me cobrar
depois? E o que fazemos com esta culpa
que nasce junto com a mãe?
Não, não é tão simples para a maioria.
Para nos encontrarmos precisamos buscar lá no fundo, sem medo de ver o
que não queremos, o que nós mesmas julgamos como “politicamente incorreto” e
que lá no fundo temos guardado.
Isso me lembra um livro que li na adolescência “Porque tenho medo de
lhe dizer quem sou? ” ... “porque se eu lhe disser quem sou isto é tudo que
tenho, e você pode não gostar.” Então eu diria porque temos medo de nos dizer
quem realmente somos? será que é porque
podemos não gostar?
Mas e aí? o que fazer com o que
realmente somos?
E isto é algo que tenho experimentado, especialmente agora aproximando
a força dos 40.
É preciso antes de mais nada nos aceitarmos exatamente como somos,
abraçar todas as nossas faces, toda a nossa nudez, toda a nossa verdade. Esta
verdade é a única coerência que nos aplica. É o que nos fará a melhor mulher
para nós mesmas, a melhor companheira, a melhor filha, a melhor mãe para os
nossos filhos.
Ser real! É a chave! A verdade é a luz! E ela clareia, porque depois
disso, o que tiver que ser melhorado fica mais fácil, vem como complemento.
A motivação não pode ser a culpa, a cobrança da sociedade, a vontade de
se adequar a um grupo. Precisa vir de dentro pra fora.
Ser você mesma é a sua melhor versão!
Ser você mesma é o seu maior tesouro!
Ser você mesma é o presente mais precioso que você pode dar aos seus
filhos!
E o melhor presente que você pode dar a si mesma!
É liberdade e é leveza, a inteireza do seu ser.
Kelly Mamede
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