E
a mãe, ao se entregar emocionada para o nascimento da filha diz com voz poderosa e firme firme “Vem filha!”. E assim a Cecília veio, para o abraço
amoroso da mãe, do pai e de toda a família que a aguardava. Ela nasceu no dia 02 de maio, que eu intitulei como "Dia do Trabalho... de parto da Cecília".
"Parir é a experiência humana
mais divina que pode existir" (Denyele)
Relato da Denyele:
LEMBRANDO DO PARTO DA LUIZA – a primeira filha.
LEMBRANDO DO PARTO DA LUIZA – a primeira filha.
Já
havíamos passado pela experiência magnifica de um parto mais respeitoso e
humanizado. Luiza nasceu no quarto do hospital sem qualquer tipo de intervenção,
porque não houve necessidade. O pai e avó materna presentes no momento. Com 38
semanas de gestação, nasceu com 1,950kg. E ai começaram os problemas. Devido á
protocolos hospitalares, a minha bebe saudável, com apgar 9 e 10, que mamou nos
primeiros minutos de vida, foi internada no UTI só porque nasceu abaixo de 2kg.
Imagina a mãe e o pai que passaram por todo o processo do trabalho de parto,
que se empenharam pra não ficar distante da sua pequena em nenhum momento, que
cuidaram para que ela não sofresse nenhum protocolo desnecessário, agora se via
no quarto sem possibilidades de acariciá-la, de amamenta-la em livre demanda,
de cumprir todas as promessas que lhe havíamos feito. Com muita luta e ajuda de
anjos vestidos de médicos, conseguimos retirá-la da terapia intensiva com 6
horas de internação. Claro, nessas 6 horas as obedientes enfermeiras da UTI, seguindo
protocolos, já haviam oferecido leite em pó de complemento duas vezes. Então,
por conta desses tais protocolos o que era pra ser natural se tornou uma
dificuldade, amamentar a criaturinha que já havia abocanhado com eficiência o
peito da mae nas primeiras horas de vida.
LUIZA
COM 1 ANO – EU GRÁVIDA NOVAMENTE!
AGORA,
UM PARTO EM CASA
Quando
a Luiza completou 1 ano, resultado positivo e estava grávida novamente. Uma
benção. Uma certeza, eu quero parir em Casa, longe dos protocolos. Claro que
não foi tão simples assim. Na nossa cidade ainda estava começando a ideia de
partos em casa. As médicas ainda estavam
se ajeitando em relação á essa opção. Não havia pediatra que topasse. E o papai
babão, também quis estudar e se certificar que isso não arriscaria a vida da
sua outra joia preciosa.
No
fim da gestação certificamos de que tudo estava a favor do parto domiciliar.
Gestação de baixo risco e passada as 37 semanas, contratamos serviço de
filmagem e fotos para registrar o momento e empenhar outras mulheres e casais a
trazerem ao mundo o pedacinho deles de uma maneira mais respeitosa e onde todos
podem vivenciar o nascimento.
Sim. O nascimento exige um rito natural onde a
mulher se torna mãe, o homem se torna pai, a criança se torna filho e individuo
no mundo e na sociedade a que pertence. O nascimento é também renascimento. O
nascimento é algo DIVINO do homem e algo HUMANO de Deus. É o entrelaço do
Criador e de sua criatura.
COMEÇA
O TRABALHO DE PARTO
Com
40 semanas e 3 dias, no dia 01 de maio de 2013 (feriado), comecei a sentir a
contração dolorida pela manhã, mas irregulares com mais de 30 minutos entre uma
e outra. Á 16hs já estavam regulares de 10 em 10 minutos. Chamei a Kelly, nossa
doula, avisei a médica, dessa vez foi a Dra. Luanda quem nos acompanhou pois a
Silvia estava em licença maternidade. Fui pra casa. Andei a pé com meu marido
dando volta nos quarteirões. A Luiza ficou com a avó e viria mais tarde. Ás
19:30 contrações de 3 em 3 minutos e a Kelly em casa comigo, também minha mãe,
meu marido e a Luiza (filha). Fizemos exercícios, brinquei com a Luiza, andamos
pela casa até as 22hs. Cansei. Dor nas costas, contrações doloridas, ansiedade.
Kelly preparou um chá quente, bolsa de água quente nas costas e escalda pés com
massagem. Relaxei tanto que às 23hs sumiram as contrações e o sono tomou conta
de mim. Seria só um falso trabalho de parto? Fui dormir e a Kelly foi pra casa
também. Minha mãe dormiu na minha casa com a minha filha.
PAUSA
PARA UM BOM DESCANSO - DORMIR A NOITE TODA, PERFEITO!
Dormi
a noite toda e as 6 da manha fui acordada com as contrações. Sim, elas
voltaram, como se não tivessem sumido. Doloridas e de 3 em 3 minutos. O marido
já preparava pra ir trabalhar e eu disse “Acho que você na vai trabalhar hoje”.
Logo veio a diarreia. Coloquei tudo pra fora e mais um pouco. Depois tomei café
da manhã normalmente (pão de queijo, leite, café). Ás 9 da manhã, chega a Kelly
de volta em casa. Demos volta na praça perto de casa, sentimos o calor do sol,
buscamos energias.
Eu
fiquei concentrada e equilibrada. Tomei bastante líquido durante todo o
trabalho de parto. Espantei a ansiedade do dia anterior e tive a certeza que
naquele dia 02 de maio de 2013 eu teria a Cecília nos meus braços, longe de
qualquer protocolo que pudesse nos afastar e nos fazer sofrer.
A
dra. Luanda chegou às 11hs, e 5cm de dilatação e batimentos cardíacos da
Cecília em perfeito estado. Equipe de filmagem chegou uns minutos antes.
Ganhamos flores do papai e ele mesmo preparou a piscina dentro do nosso quarto.
Luiza participou de tudo e queria ajudar. Minha mãe cuidando da Luiza e ali o
tempo todo ao meu lado. Tia que trabalhava em casa fez o almoço. Minha irmã
também veio. Além da doula amiga, veio a amiga doula Ludmilla. Casa cheia. Mas
ao mesmo tempo vazia, porque cada um no seu lugar e ninguém interferindo
naquele momento nosso.
A
PARTOLÂNDIA
Ás
13 horas eu já estava na piscina e também na partolândia.
Saiu
a cabeça. Um alívio. Um tempo. Outra contração. E o útero expulsa o corpinho da
Cecília pra fora de mim. Um pedaço de mim fora do meu corpo mergulhava na água
da piscina e foi amparada pelas mãos do pai. Mão calorosas, cheias de amor.
Um
volta do cordão enrolado no pescoço e ajuda da Luanda para tirar.
Tranquilamente. Tudo certo. Ela chorou e nós também. Direto pro calor do meu
corpo e meu abraço e ela segurou minha mão. Seus dedinhos encostados no meu e o
reconhecimento por todo preparo que tivemos.
Mais
um tempo contemplando-nos. Depois fui pra cama e ela mamou. O papai cortou o
cordão. Mais um tempo.
Papai
a levou pro outro quarto para limpar, colocar roupa, pesar e medir. E eu fiquei
mais um pouco. Colicazinha e mais uma força. Placenta saiu. Banho com ajuda da
amiga doula Ludmilla.
Quando
saio do quarto, casa lotada.
Cecília
foi recebida por seus avós paternos, maternos, tias e tios, amigos e até o
nosso amigo padre. Recepcionada pela sua irmã primogênita Luiza, que não
participou dos momentos finais do trabalho de parto (achamos melhor, ela não
tinha nem dois anos).
A
casa encheu-se de alegria e amor. O clima e a energia era de emoção e
renascimento. Vibrava na casa uma euforia e uma tranquilidade. Estávamos cheio
do Espirito Santo!
Mamãe:
Denyele Carvalho Zanata
Papai:
Leandro Gabriel Gomes Zanata
Irmã:
Luiza Carvalho Zanata
Bebe:
Cecília Esturino Zanata
Fotos de José Neto Fotografia Criativa
* Veja o vídeo do nascimento da Cecília aqui no blog!
Fotos de José Neto Fotografia Criativa
* Veja o vídeo do nascimento da Cecília aqui no blog!
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