quarta-feira, 30 de julho de 2014

Parto da Tanise - Nascimento da Catarina em 01/01/2013

Meu maravilhoso presente de Ano Novo: começar um ano acompanhando um parto lindo, e de brinde, poder segurar um bebê ao nascer, chegando de-va-ga-ri-nho, amparado por minhas mãos! Inesquecível! Enorme gratidão à dra. Janete Cândido por este presente. Gratidão à Tanise que se entregou lindamente para a preparação e a chegada da Catarina, mesmo depois de uma cesárea anterior do primeiro filho. Para mim, o nosso encontro foi de almas!
Segurar a Catarinha chegando tão mansamente me mostrou o tamanho de Deus, o meu tamanho e propósito, estamos aqui apenas para servir ao milagre da vida, infinitamente maior do que podemos imaginar. Estamos aqui para amparar, para a-colher o fruto. Minha reverência!

Relato da Tanise:

Desde que saí de Uberlândia fiquei sem internet, por isso não consegui passar por aqui antes, mas não poderia esquecer de deixar meus agradecimentos.

O meu muito obrigada a Dra. Luanda, que me respondeu a todas as dúvidas com paciência e otimismo, e não me deixou desamparada mesmo estando longe no dia do parto. Muito obrigada a Dra Janete, que foi quem me recebeu em plena festa de ano novo com bom humor e tranquilidade. E acima de tudo, muito obrigada a
Kelly Mamede, que é a maior responsável pelo sucesso de todo o meu parto, tenho certeza que sem ela eu jamais teria ido até o fim. Obrigada pelo momento mais feliz da minha vida.

Minha Catarina nasceu dia 01/01/2013, num parto natural depois de uma cesárea eletiva anterior (VBAC).
Desde que descobri a gravidez eu só tinha uma certeza: eu não marcaria data pro bebê nascer, como tinha feito com meu filho mais velho. E a partir dessa certeza eu passei a ter muitos empecilhos, não imaginava que seria tão difícil encontrar um médico que compartilhasse da minha decisão.

Eu procurei, muito. Tentei 6 obstetras diferentes em mais de 4 cidades próximas a minha. Em longas viagens, consultas caras e quase sempre o mesmo discurso. Uma médica chegou a me dizer: “- Eu faço sim parto normal, mas isso é muito relativo, na hora você vai sentir tanta dor que vai implorar por uma cesárea!”

Tanta dificuldade e ignorância só aumentavam o meu desejo pelo mais difícil, que nesse caso era sim o parto normal. Passei dezenas de horas na internet atrás de informações e ajuda, mas infelizmente na minha região não tinha nada nem ninguém pra ajudar. Todas as informações me levavam a Goiânia ou Uberlândia.

Pela internet mesmo cheguei ao nome da Dra. Silvia e depois a esse grupo. Enfim, pedi ajuda a Kelly, só aí que fui entrar no mundo do parto natural, humanizado e com doula.

As coisas pareciam complicadas, era final de ano, eu não estava na minha cidade e já estava com 36 semanas de gestação. Seria minha ultima tentativa e então marquei uma consulta com a Dra. Luanda, super disposta a tirar minhas dúvidas e medos, me surpreendeu pela calma e a certeza de que daria tudo certo. Eu não entendia como havia perdido tanto tempo preocupada com motivos bobos e sem procedência. Convenci meu marido e trocamos de médico pela 7ª vez.

Meus pródomos duraram mais ou menos 15 dias, longos e doloridos dias. E nesse meio tempo eu vi de tudo acontecer com minhas companheiras de gestação. Muitas cesáreas marcadas no dia 21/12, o teórico fim do mundo, outras tantas entre o natal e ano novo. Cheguei a ver gestante fazendo cesárea com 37 semanas pq depois o médico estaria de férias. E todas elas convencidas de estarem fazendo o melhor para o bebê e para elas mesmas. Bom, eu não estava convencida, eu queria bem mais!

Era natal e a cada contração mais dolorida eu já imaginava: “vai nascer!”. Mas se passou mais uma semana e nada. Já até tinha me acostumado a não dormir por causa das benditas contrações irregulares, e algo me dizia ainda que ía demorar muito. Mas a Dona Catarina queria fazer uma entrada triunfal! E resolveu chegar em plena virada do ano!

Como eu senti muitas contrações irregulares, eu demorei a perceber que estavam regulares, rs. Qdo começou a doer muito é que pensei: “opa, tá estranho isso”. Liguei pra Kelly e corri pro hospital atrás da Dra. Janete, que estava em Uberlândia de plantão.
Cheguei lá com 5cm e muita dor, já nem me lembro ao certo o que aconteceu, nem qdo fui pro quarto ou qdo a Kelly chegou. Me lembro só que não queria sair daquele chuveiro.

Engraçado, eu tinha na minha cabeça que ela nasceria com 41 semanas, ela veio com 39 e 3 dias. Achava que ía ficar muito tempo sentindo dor em casa, e fiquei apenas 2 hs em casa.
Imaginei horas e horas no hospital e foram só 4hs.
Sentia que não ía doer tanto assim, mas doeu muito, muito e muito mais ainda, rs.

A única coisa que eu imaginei todas as noites que passei em Uberlândia antes de dormir, era que ía ser o melhor momento da minha vida, o mais celestial, o mais incrível de todos. E isso sim eu acertei na mosca!

A Catarina não escorregou como eu já tinha visto por aí, ela veio devagarzinho, de pouquinho em pouquinho e pelas mãos da Kelly ela chegou faceira, delicada e calma. Como aliais é até hoje.



Confesso que não sabia do tamanho de tudo isso, da importância que era ter um parto meu, do quanto isso modificaria minha vida. Eu realmente não sabia ao certo como uma Doula me ajudaria e agora sei que foi fundamental. Eu lutei por um parto normal sem saber ao certo o que me esperava, e a Kelly não só me ajudou como foi perfeita em cada gesto, palavra e conforto.

Não tenho palavras pra explicar a importância do trabalho de todas vocês. Por isso deixo esse pequeno depoimento, pra que de certa forma sirva de estímulo pra continuarem a lutar, e pra que ajude a espalhar pelo Brasil esse pensamento tão bonito.

Mais uma vez,
Muito obrigada.


Tanise Faria, mãe do Francisco de 2 anos e da Catarina de 2 meses. Chapadão do céu – GO.

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